sábado, 28 de janeiro de 2012

Eu danço.....e Honro a Deusa que existe em Mim


Ela tem a força de toda uma vida e o mistério da morte.
Tece vento, cria asas, ri sozinha e canta para lua.
Ela não precisa de roupas, de segredos, fala tudo, anda nua.
Põe magia na cama, na cozinha, fé na vida, luz ao norte.

Os pássaros que te revelam segredos pertencem à Ela.
A voz que te sopra silenciosa vem Dela.
A intuição é Dela e o amor e a paixão.
O fascínio da lua está com Ela, Ela será teu céu e teu chão.

A mão estendida será Dela... A saliva na ferida, o abraço, o laço.
O corpo nu que te aquecerá, a boca, o peito, a alma e os pés.
A fúria, o sutil, a cura... Nem sempre rosa, pedra, ao invés.
Ela é a origem do feminino... Ela é tudo o que for instintivo.

Alma de fada, carma de bruxa num corpo de Deusa.
Tem sombra felina, quatro patas, têm garras e pêlos.
Ela deixa rastros para que a siga...
Sussurra em sonhos noturnos para que A decifre.

Ela enche tua vida de sinais
Para que tenha vontade de encontrá-La, libertá-La e amá-La.
Ela é a música, a poesia, a arte e o encanto
O sopro, o tiro, cheiro de lama, Ela é de tudo um tanto.

Ela é selvagem... Elfa, demônio, anjo, raposa.
Ela é a dona da matilha, amante e esposa.
Ela é tudo que nos mantém vivos
quando achamos que chegamos ao fim.

Ela sabe sentir, disfarçar e amar profundamente
Sabe trazer para perto, sabe repelir, criar e destruir.
Ela é A que faz rir, Ela sabe o ponto para fazer o olho brilhar
E o olho Dela brilha... e o dele também.

Ela dá mais sabor ao culto da paixão...
Porque Ela é celestial, selvagem, sublime.
Dá mais sentido a vida...
Sendo o casulo, as asas, o rumo e a libertação.
Carolina Salcides

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

‎14 de Janeiro - Makara Sankranti


Makara Sankranti, celebração hindu de purificação com banhos no Rio Ganges. Celebram-se as deusas Samnati, Sarasvati e Rukmini. As pessoas se banham e entoam mantras e cânticos sagrados. Vestem depois roupas amarelas e oferecem às deusas comidas tradicionais feitas com arroz e açafrão, enfeitadas com flores amarelas.

Comemoração de Ranu Bai, deusa hindu da água que enchia seu jarro de ouro com as águas de todos os rios e trazia fertilidade para as mulheres.
Inspirada pela data, procure você também uma cachoeira ou rio e tome um banho de purificação. Na falta, improvise com um banho com sal grosso e ervas do seu signo. Mentalize uma cachoeira de luz dourada purificando e renovando sua aura. Recite alguma oração ou entoe o mantra OM, conectando-se às deusas e pedindo-lhes harmonia e fertilidade, física ou mental. Ofereça-lhe depois seus agradecimentos, incenso de sândalo e flores amarelas.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Formas sagradas




               No contato diário com a dança oriental, descobrimos padrões comuns entre movimentos. Existem 5 padrões que nos são comuns, símbolos que nos são familiares de antigas culturas e da natureza que nos cerca. Símbolos que podemos denominar de formas sagradas. Os círculos, o crescente lunar, os oitos, as ondulações e os tremidos. 
O círculo
Ele é perfeito em sua totalidade. É um dos símbolos mais antigos,  e representou o mistério de ser atraves de muitas eras . Os círculos são vistos em toda parte: nas luas cheias, na barriga de uma mulher grávida, nas frutas, nas células de nosso corpo, no formato dos nossos olhos e dos planetas.
O crescente
Ele é o braço simbólico dos pais que nos embalam. Tem a poderosa qualidade de um círculo aberto que pode segurar e prender qualquer coisa. Historicamente,  era  símbolo dos órgaos internos femininos, (útero e ovários ), e  chifres sagrados dos Deuses.  O crescente está no nosso rosto em nosso sorriso, está na lua crescente,nos arco-iris,  na crista da onda e em tudo a nossa volta.
O símbolo do oito
No corpo da mulher, os musculos  que guardam a passagem da vida ,  são em formato de 8 , o sistema de circulação do nosso sangue também segue em oito. A interação entre a água, o ar e a terra criam invisíveis formas de oito.  Não surpreendendo que a figura do oito deitado representa na matematica o símbolo de infinito, leminiscata: "o produto das distâncias de seus pontos a outros dois pontos é fixo e constante."

Os tremidos - Shimmy
A vibração ou o tremido são formas invisiveis que nos cercam. É o tremor de excitação que se  reflete na respiração, o agitar dos membros pelo medo. Como o nosso coração que acelera, nosso planeta muda e a luz brilha e pulsa. O bater da chuva no chão e o cintilar das estrelas, os relâmpagos e tempestades elétricas.
A ondulação
As linhas onduladas ou as ondulações, estão em muitas forças despercebidas em nosso universo.  É a forma do espaço, o trajeto do calor, das ondas de rádio, do som. Os movimentos de uma serpente, o fluir de um rio, a barriga de uma mulher nas contrações. A ondulação nos conecta com o mais intimo, nos leva ao centro do corpo,   na espinha, nos deleitando com a liberdade que temos desde que ficamos eretos. Podemos observar também as ondulações na estrutura do DNA e na aurora boreal.

fonte:  Gleice Lemos Frioli