terça-feira, 30 de julho de 2013

Canta e Dança Mulher


Lembra mulher de quando teus pés descalços pisavam na terra molhada, depois da tempestade tão esperada...


Recorda quando teus ouvidos sabiam compreender as mensagens que o vento assoprava para o teu espírito...


Inspira fundo e sente o aroma daquela época onde viveste próxima aos frutos e às flores e tudo acontecia em tempo certo, sem apressamentos...


Compreende que teu corpo e tua alma obedeciam à voz da Grande Mãe, e tua vida fluía plena de sabedoria, pois tu representavas a Deusa, o sagrado feminino, e de ti resplandecia toda a generosidade...


Recorda que conhecias bem os mistérios da lua, tua irmã, e te guiavas por instintos e intuições, sonhavas com as respostas e cheia de confiança em teu coração guiava a tua vida e de tantos outros por caminhos seguros...


Tua natureza, sempre disposta a dar vida e dela cuidar, ligada por estreitos laços aos ritmos e ciclos do universo, sabia cantar e dançar, e assim espalhava alegria pelo norte, pelo sul, pelo leste e pelo oeste, sem perder o teu centro...


Rosa dos ventos e dos tempos, hoje estás novamente aqui, mas não te esqueça jamais de continuar a cumprir o teu sagrado papel...


O Universo ainda carece do teu feminino...


Ah! Então canta e dança e o destino dos homens se cumprirá!


Autoria Desconhecida.

Resgate do Sagrado Feminino




“As mulheres honram o seu Caminho Sagrado quando se dão conta do conhecimento intuitivo inerente à sua natureza receptiva. 

As mulheres precisam aprender a amar, compreender, e, desta forma, curar. Cada uma delas pode penetrar no silêncio do próprio coração para que lhe seja revelada a beleza do recolhimento e da receptividade". 


Ao longo do tempo, os seres humanos distanciam-se, cada vez mais, da sua essência, e do sagrado que permeia a nossa existência. Os nossos antepassados viviam em contato direto com a natureza, reverenciando os seus ciclos, através das mudanças de estação, e em profunda gratidão por tudo o que a Grande Mãe lhes ofertava. 


Como essa ligação era profunda, as pessoas, apesar das dificuldades de sobrevivência, eram felizes, sentindo-se preenchidas, uma vez que conseguiam ouvir a sua voz interior, que lhes dava orientações e aconselhamentos acerca do que fazer em determinadas situações, das decisões a serem tomadas e, assim, conseguiam manter os seus ânimos apaziguados. 




As mulheres, principalmente, honravam a sua natureza, o seu ritmo biológico e o grande poder que detinham pelo facto de serem geradoras de vida. 

O ventre, simbolizado pelo grande caldeirão, representava um templo sagrado, de onde a vida era emanada. Os homens, reverenciavam a mulher por esse grande poder. 


Para os povos antigos, a menstruação era um dom dado às mulheres pelas Deusas para que elas pudessem criar e perpetuar a própria vida. 




A sincronicidade do ciclo lunar e menstrual refletia o vínculo entre a mulher e a divindade, pois ela guardava o mistério da vida no seu corpo e tinha o poder de tornar real o potencial da criação. 


Nas sociedades matrifocais, as sacerdotisas ofereciam o seu sangue menstrual à Deusa e faziam as suas profecias durante os estados de extrema sensibilidade psíquica que a menstruação lhes dava. 

Milênios de supremacia e domínio patriarcal despojaram as mulheres do seu poder inato e negaram-lhe até mesmo o seu valor como criadoras e nutridoras da própria vida. 


No passado eram realizados rituais de renovação e purificação nas Cabanas ou Tendas Lunares, onde as mulheres se isolavam para recuperarem as suas energias e abrir os seus canais psíquicos para o intercâmbio com o mundo espiritual. Após esse período, elas, por estarem com a sensibilidade e intuição mais aguçadas, tinham revelações sobre curas. 



Infelizmente, a vida da mulher moderna levou-a à perda do contato e sintonia com o seu corpo e com a energia da Lua. Tal distanciamento gerou problemas em relação ao ciclo menstrual, tais como TPM, cólicas, ciclo desordenado, entre outros, ocasionados pela não-aceitação da sua natureza. 


Hoje em dia, existem muitos métodos para que a mulher deixe de menstruar e se livre definitivamente desse “incômodo”. 


Para restabelecer essa sincronicidade natural, a mulher deve reconectar-se à Lua, observando a relação entre as fases lunares e o seu ciclo menstrual.




Compreendendo o ciclo da Lua e a relação com o seu ritmo biológico, a mulher contemporânea poderá "cooperar" com o seu corpo, fluindo com os ciclos naturais, curando os seus desequilíbrios e fortalecendo a sua psique, como o explica Mirella Faur, no Anuário da Grande Mãe. 



Felizmente, existem vários grupos no mundo que trabalham para que o resgate do Sagrado Feminino seja feito, que permitem que a mulher resgate o seu poder pessoal e com isso possa desempenhar de forma mais saudável o seu papel de mãe, esposa, mulher e profissional, tornando-as mais felizes e realizadas. 

Fonte: \http://www.celestialcocoon.com