domingo, 21 de novembro de 2010

Shiva Nataraja e a Dança


O Deus Shiva é a personificação da dança e das transformações, simbolizando a eterna mutação do universo, que consiste na cíclica destruição e criação. O processo cósmico é a morte e a ressurreição, a eterna renovação da vida. Dentro de nós mesmos, a ação de Shiva seria a de morrer para nosso velho mundo, nosso "querido" Ego, e renascer a um novo ciclo de consciência interior.

A dança tem por tema a atividade cósmica, a eterna transformação.
As cinco atividades divinas de Shiva são:

- a criação contínua do universo, originada no ritmo;
- a conservação, baseada no equilíbrio e na medida dos movimentos;
- a destruição das formas já superadas, mediante o fogo interior;
- a eterna renovação;
- a encarnação da vida.

Chama a atenção que o deus da Dança, Shiva Nataraja, seja ao mesmo tempo o deus das Mudanças, o que implicaria que as mudanças são induzidas pela dança.

Shiva é representada com o pé direito esmagando um demônio, o que simboliza a vitória sobre as forças demoníacas da destruição, e o esquerdo no ar, representando o equilíbrio e o impulso de ascensão. A imagem possui quatro braços, com os quais realiza a criação e a destruição cíclica do mundo. Está rodeado por um círculo de fogo. A dança de Shiva é, portanto, um movimento que destrói para gerar o processo de criação.

Inspirado nesta dança e em sua simbologia de transformação, foi elaborada a "Dança das Transformações", que possui três atributos essenciais do movimento: Unidade, Equilíbrio e Harmonia.

Hoje em dia, os sagrados rituais de dança desapareceram do nosso mundo, e os poucos lugares onde ainda são praticados, têm acesso muito difícil. Mas ainda persiste no homem a necessidade de expressar suas emoções através dos movimentos e desta forma, a cada época, vemos predominar um estilo musical que traduz todo o sentimento daquela geração.

A dança busca reacender assim, dentro de cada um, a chama sagrada da vida, resgatando, nas vivências de Danças Sagradas, o contato com as forças que regem o universo.

http://www.gnosisonline.org/A_Arte_Superior/dancas_sagradas.php

sábado, 20 de novembro de 2010

Sarasvati " DEUSA DA ARTE "



Sarasvati é a deusa hindu da sabedoria, das artes e da música e a shákti, que significa ao mesmo tempo poder e esposa, de Brahma, o criador do mundo. Ela é representada como uma mulher muito bela, de pele branca como o leite, e tocando sitar (um instrumento musical).

Ela é a protetora dos artesãos, pintores, músicos, atores, escritores e artistas em geral. Ela também protege aqueles que buscam conhecimento, os estudantes, os professores, e tudo relacionado à eloquência. Seus símbolos são um Cisne e um Lótus Branco.

Como cônjuge de Brahma, Sarasvati é a Deusa da aprendizagem e das ciências criativas. Em Hinduísmo, o aspecto Absoluto é descrito pela Divindade masculina, e a Divina Forca ativa-criativa pela energia feminina ou Shakti. Da mesma maneira que Kali representa Shakti em sua natureza preta ou feroz, Sarasvati representa em branco ou forma moderada. Assim ela é deusa da fala, poesia, música, e ciência. Ela é descrita com um veena, o cisne;em uma mão segura um livro sagrado, na outra confere bençãos.

Orações para Sarasvati trazem inspiração artística.

Saraswati O Esclarecimento, aspecto de Sabedoria da Mente Cósmica.

Sarasvati é a Deusa de inspiração e beleza em criação. Mover se pelo yantra dela é descobrir a essência de criatividade em fala, música e as artes visuais, e assim experimentar o estimulo destas qualidades dentro do Ego.

Sarasvati, a deusa hindu do conhecimento e cultura, é a incorporação de verdadeira sabedoria. Se sentada no trono de loto, ela simboliza conhecimento espiritual como também o refinamento das artes; os cisnes ao lado dela são para poder separar leite de água - um ato que simboliza a habilidade para discriminar entre ações que são boas e sábias e as que são insinceras.

Sarasvati é creditada na Índia com a criação da civilização: o primeiro alfabeto, as artes, matemática, música, e magia.

É dito que o brilho dela representa a luz poderosa, pura de sabedoria. Sabedoria capaz destruir a escuridão da ignorância.


http://www.sintoniasaintgermain.com.br/sarasvati.htm

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A dança como uma forma de iniciação


Sabemos que a dança está presente em muitos rituais, pois através do significado dos movimentos, ela gera energias realmente mágicas.


A dança iniciática existe a mais de 7000 anos, e a que segue a linha egípcia,é uma preparação para as mulheres que desejam ser Sacerdotisas da Deusa, porque desperta nelas a própria Deusa Interior.


O fundamento deste aprendizado é ver em nosso corpo quatro partes diferentes, sendo que cada uma dessas parte se corresponde a movimentos específicos da dança.


Terra: dos pés até os quadris.


Água: dos quadris até os ombros.


Ar: dos ombros ao Chakra Coronário.


Fogo : ao redor de todo o corpo, e representa a energia criadora.


Em toda a dança, os movimentos foram concebidos para manter em equilíbrio perfeito as energias de quem a pratica, livrando a mulher de doenças, alterações em seu humor, e outros benefícios menos perceptíveis.
Isto leva ao despertar da Kundalini (energia criadora), fazendo com que a mulher se sinta interagindo com o Cosmos em perfeita harmonia.


Na 1° etapa o aprendizado será sobre dançar com o véu ( o espírito), que representa o corpo espiritual da bailarina, sendo que a cor do mesmo traduz seu estado emocional, e o desempenho com ele, mostra a visão que ela tem de seu corpo e a sensação do corpo físico lhe inspira.
Na cultura árabe o véu também simboliza os ventos do deserto.
Esta fase culmina com o batismo, quando a dançarina receberá um Nome, numa maravilhosa cerimonia com os quatro elementos presentes.
Depois disto ela poderá se apresentar em público, pois já possui o conhecimento suficiente para se preservar, protegendo dessa forma a sua energia, que está exposta.
As etapas seguintes são:


1° ) Snuj - Bênção
A dançarina, igual que as sacerdotisas antigas, abençoa e purifica o ambiente onde estiver, tocando uma melodia, o que também pode ser conseguido com o pandeiro.


2°) Bastão ou Cajado - Caminho
Como uma Sacerdotisa Espiritual, ela direciona e mostra os Caminhos.


3°) Punhal - Transcendência
Nesta etapa a mulher-dançarina transcende a própria matéria, sacrificando os apegos mundanos.


4°) Espada - Justiça
Propicia discernimento através da Justiça da Pura; nesta etapa a dançarina deverá manter uma postura mental especial, porque o poder místico atribuído à espada, poderia "cortar" determinadas situações.
Daqui para diante a dançarina já pode ensinar o que aprendeu.


5°) Taça - Sabedoria
Aqui ela exterioriza sua Deusa Interior, e faz de seu corpo um veículo sagrado e ofertado.


6°) Castiçal - Luz
Ao chegar aqui, ela se transforma numa ponte entre os mundos material e espiritual.


7°) Sete Véus
Este número encerra um mistério muito grande, pois sete são as cores do arco-íris, os chakras, as notas musicais, os planetas principais...
Para que a dançarina-sacerdotiza esteja apta a fazer esta dança terá de ter as sete virtudes: Amor, Disciplina, Compaixão, Tolerância, Humildade, Compromisso, e Nobreza.


A Dança Iniciática, faz com que a bailarina conheça o seu corpo e sua relação com o calendário Lunar, coincidindo cada ciclo da Lua, com as características de uma Deusa.


Além disso, desperta o sagrado nela, motivo pelo que se diz: "o corpo da bailarina se divide em três partes diferentes, mulher, espirito e serpente, não podendo ser tocado enquanto ela dança".


Fonte: http://www.magiabruxa.info/2008/05/dana-do-ventre.html