sábado, 19 de fevereiro de 2011



Dama do Lago Criações

"Verdadeiros seres humanos são aqueles que tratam seus companheiros com equanimidade, sinceridade, gentileza, tato, respeito e amor. Isto é espiritualidade na ação. A pessoa que corporifica tais qualidades torna-se próxima à natureza de Deus. A distância entre a verdade dela e a verdade Dele é de apenas um pensamento. Brahma Kumaris 

domingo, 6 de fevereiro de 2011

POR QUE A DANÇA É SAGRADA






• Porque toda atividade humana que transcenda os limites do profano pode alcançar um estado sagrado ou superior. Para isso será necessário que dita atividade leve a necessidade de alcançar um terceiro estado de consciência e uma constante recordação do Ser, além de buscar um objetivo impessoal que a converta em um ato consciente: um sacrifício (sacro ofício).

• Porque ela “representa” – como se fazia antigamente através dos Mystéyn (Mistérios) ou representações teatrais de tema divinos, que se converteram nos modernos rituais – um acontecimento espiritual e cósmico, ou seja, superior, e dessa maneira instrui a consciência, que é a finalidade de todo ritual.

• Porque ao ser entendida uma prática ritual, que com liturgia contém uma linguagem alegórica, simbólica e mística – neste caso manifestada através da evoluções e movimentos dos dançarinos, a música e em algumas ocasiões o canto – instrui a consciência por meio do que o Mestre Samael chama os “fundamentos psicológicos ritualísticos”, ou seja, a psicologia do ritual. Este sistema, presente em toda prática cerimonial, elude o processo de racionalização através do intelecto, passando informação e a sabedoria diretamente à parte emocional do centro intelectual e dali ao Centro Emocional Superior, se a disposição e concentração do participante o permite. Desta maneira se explica o porquê através do ritual, a cerimônia ou qualquer prática mística como a dança, é possível para o participante e para o observador (público ou congregação) ter “experiências místicas” inexplicáveis para o intelecto ou a razão.







• Porque a dança é um caminho espiritual que conduz o homem a seu reencontro com a verdade. A dança desperta a sensibilidade no dançarino, permite-lhe ver através dela, seu próprio caminho, o caminho que como buscador do conhecimento deve seguir. Sendo o dançarino um servidor do Grande Misterioso, converte-se em um instrumento para a manifestação do Grande Espírito.


O Grande Espírito é o Divino que habita no fundo da alma e nEle se encontra a autentica e legítima faculdade cognoscente, conforme o dançarino-iniciado percorre o Caminho Vermelho da aniquilação do ego e desenvolve sua consciência, essa última vai iluminando o dançarino, despertando o seu Átomo Dançarino (Átomo Nous, que é o átomo girante de Deus, que se encontra no coração) e a dança daquele guerreiro da Luz se transforma em uma expressão de seu Ser Interior Profundo.

A dança sagrada é, e sempre será, uma expressão da vida interior do guerreiro-buscador do Conhecimento, e a vida cotidiana do aprendiz deve ser uma expressão da dança. Somente dessa maneira poderíamos entender um dos preceitos fundamentais da dança sagrada: “a dança é que escolhe o dançarino”. O aprendiz de dançarino é selecionado por um poder impessoal e deve ser cuidadoso a fim de ser digno porque nem todos os escolhidos se convertem em dançarinos-iniciados impecáveis.



BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DA DANÇA


Psicológica e Mentalmente

• Produz uma maior compreensão do divino e do profano, isto é, permite apreciar o valor sagrado da vida, da relação corpo-mente-espírito, das relações humanas aplicando a doutrina gnóstica da momentaneidade, da auto-observação e da recordação de si mesmo.

• Produz um estado de meditação em movimento, através do desenvolvimento da concentração e equilíbrio entre os Centros: ao promover a dança como uma aprendizagem que se inicia teoricamente (centro intelectual); se aprende com a prática dos movimentos (centro motor) e uma vez aprendido se interioriza através da meditação (centro emocional), este leva de uma maneira prática ao estado conhecido como meditação ou concentração dinâmica.

• Exige a perda da importância pessoal ao demandar a necessidade de funcionar em círculos, onde o único centro e eixo ao redor do qual gira a atividade se localiza em um aspecto espiritual. A todo o momento exige uma atitude interior séria, respeito e compreensão das divindades, objetos e instrumentos, e um constante estado de devoção “bhakti yoga”.

• Promove o desenvolvimento da capacidade criativa, a parte positiva da mente (mente interior), que se relaciona com a arte, ao produzir um equilíbrio com a atividade intelectual, a qual a ser abusada corre o perigo de se converter no pólo negativo da mente.

• Abre uma oportunidade direta de aprender a funcionar em convivência, a pensar em conjunto, a vibrar em grupo, e nesta interação, conhecer-se a si mesmo.



Física e Emocionalmente


• De uma maneira completamente equilibrada, é possível considerar a dança como uma “yoga gnóstica”, porquanto produz equilíbrio físico e emocional ante a rotina da atividade cotidiana. Ajuda a romper com as rotinas da vida e os hábitos mecânicos.

• Facilita o livre fluir da energia vital, que geralmente obstaculizada pela tensão e falta de exercícios promovendo a cura do corpo e de seus órgãos e sistemas de uma maneira natura. Mais do que ser um exercício meramente físico como qualquer esporte ou yoga incipiente, é uma prática de transmutação e fluir da energia com um propósito definidamente espiritual.

• Um guia para o praticante rumo à experiência das emoções superiores, contrarrestando o efeito nocivo das inferiores.

Espiritualmente

• Acerca o praticante até uma conexão com o divino. A dança, como toda Arte Régia, é um profundo processo de interiorização e busca de uma realidade e identidade interna que se logra ao estabelecer Centro de Gravidade Permanente, ou Átomo Dançarino na consciência, no Ser, no eixo e não na periferia, que viria a ser a atividade mecânica da vida.

• Facilita o passo da imaginação à inspiração através da aprendizagem de seus movimentos e da compreensão do propósito espiritual desses movimentos; e da inspiração à intuição abrindo a possibilidade da experiência mística, um processo pelo qual historicamente a arte tem sido fundamental para o desenvolvimento do espírito.

• Produz revelação e informação que instruem psicologicamente a consciência, razão pela qual se lhe considera como um ritual sagrado.


Fonte: http://www.gnosisonline.org/A_Arte_Superior/danca_cerimonial.php

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Dança Cerimonial (ou A Magia da Concentração Dinâmica) - Texto Gnóstico





O que é a Dança?

Fundamentalmente, o Pilar da Arte, dentro da Gnosis, tem a característica de equilibrar e complementar os pilares da Ciência e da Filosofia e acercá-los à experimentação do Pilar do Misticismo. A Arte é o elemento que serve de veículo para esta complementação. “A Arte – diz o Mestre Samael – é a expressão positiva da mente... Todos os Adeptos têm cultivado as belas artes”. Sua principal característica é a Inspiração – o pólo oposto da Intelectualização – que leva à Intuição do coração.

A dança é uma manifestação da arte em seu mais transcendental significado, que tem como princípio básico o de que através da prática de certos movimentos físicos que imitam movimentos cósmicos é possível realizar uma conexão entre o macrocosmo e o microcosmo a nível energético por causa do Princípio Hermético da Correspondência, e por este meio ter acesso a uma informação de Ordem Superior.

Nas palavras do Mestre Samael: “As danças sagradas eram verdadeiros Livros informativos que transmitiam, deliberadamente, certos conhecimentos cósmicos transcendentes”.
Conhecendo perfeitamente o movimento das forças cósmicas do Universo, nossos antepassados aprenderam a reproduzi-los e correspondê-los interna e misticamente em suas formosas danças.

O Mestre Samael menciona que os “dançarinos antigos conheciam as sete partes independentes do corpo e sabiam muito bem o que são as sete linhas distintas do movimento...” Mediante a concentração dinâmica, ou meditação em movimento, compreenderam que na criação de um movimento rítmico e compassado, descobriram este movimento (ritmo, vibração, música, cor etc.) no núcleo das estrelas como no das células; no coração dos animais e no dos homens; no interior das plantas e no dos minerais.

Mover-se quer dizer VIVER! Estar imóvel significa estar desprovido da vida. A imobilidade equivale, na mitologia de todas as culturas, à não-existência e é um estado anterior à Creação.

Sob esse princípio nasceram as danças sagradas dos tempos do Egito, da Babilônia, da Grécia, as danças dos dervixes girantes na Pérsia e as danças mexicah em Anáhuac (México), entre outras.




Na Roma antiga, os mais importantes conselheiros encabeçavam as procissões nas festas, sendo a procissão uma forma de dança.

Na mitologia grega Rea, esposa de Cronos, ensina os filhos da terra a dançar.

Orfeu ordenava que todo aquele que entrasse na sabedoria dos Mistérios deveria ser recebido com a dança.

Sócrates estimava que a dança era uma necessidade essencial e Platão dizia que o homem que não sabia dançar não era educado.

A dança na Grécia estava associada, desde os tempos mais remotos, com os deuses, tais como: Helios, Dionisos, Pan, Ártemis... todos dançavam.




No Egito dos faraós executavam-se danças solares ao redor dos templos.

Na Índia é o próprio Shiva quem cria o universo por meio da dança. É Ele quem obriga a matéria a se pôr em movimento; quem cria e destrói o universo. Sua dança simboliza a atividade divina como a fonte de energia que põem em movimento o universo.




No Antigo Testamento existem vários termos que se referem à dança e que sugerem desde o dançar em círculo (como o fez, o rei David ante Jeová) até “torcer-se de dor durante o parto”, aludindo ao movimento criador da vida.

Nos Atos de São João (texto gnóstico apócrifo escrito ao redor do século 3º ), Cristo ensina seus discípulos a orar através da dança circular, terminando o hino com suas próprias palavras: “quem não dança não conhece os caminhos da vida”.

No México antigo a dança era associada à palavra macehualiztli, que alude a um “merecimento” através da penitência, e era considerada de caráter mágico porque permitia obter o merecimento dos deuses através do enlace das quatro direções do universo.



Fonte: http://www.gnosisonline.org/A_Arte_Superior/danca_cerimonial.php