quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Dança Cerimonial (ou A Magia da Concentração Dinâmica) - Texto Gnóstico





O que é a Dança?

Fundamentalmente, o Pilar da Arte, dentro da Gnosis, tem a característica de equilibrar e complementar os pilares da Ciência e da Filosofia e acercá-los à experimentação do Pilar do Misticismo. A Arte é o elemento que serve de veículo para esta complementação. “A Arte – diz o Mestre Samael – é a expressão positiva da mente... Todos os Adeptos têm cultivado as belas artes”. Sua principal característica é a Inspiração – o pólo oposto da Intelectualização – que leva à Intuição do coração.

A dança é uma manifestação da arte em seu mais transcendental significado, que tem como princípio básico o de que através da prática de certos movimentos físicos que imitam movimentos cósmicos é possível realizar uma conexão entre o macrocosmo e o microcosmo a nível energético por causa do Princípio Hermético da Correspondência, e por este meio ter acesso a uma informação de Ordem Superior.

Nas palavras do Mestre Samael: “As danças sagradas eram verdadeiros Livros informativos que transmitiam, deliberadamente, certos conhecimentos cósmicos transcendentes”.
Conhecendo perfeitamente o movimento das forças cósmicas do Universo, nossos antepassados aprenderam a reproduzi-los e correspondê-los interna e misticamente em suas formosas danças.

O Mestre Samael menciona que os “dançarinos antigos conheciam as sete partes independentes do corpo e sabiam muito bem o que são as sete linhas distintas do movimento...” Mediante a concentração dinâmica, ou meditação em movimento, compreenderam que na criação de um movimento rítmico e compassado, descobriram este movimento (ritmo, vibração, música, cor etc.) no núcleo das estrelas como no das células; no coração dos animais e no dos homens; no interior das plantas e no dos minerais.

Mover-se quer dizer VIVER! Estar imóvel significa estar desprovido da vida. A imobilidade equivale, na mitologia de todas as culturas, à não-existência e é um estado anterior à Creação.

Sob esse princípio nasceram as danças sagradas dos tempos do Egito, da Babilônia, da Grécia, as danças dos dervixes girantes na Pérsia e as danças mexicah em Anáhuac (México), entre outras.




Na Roma antiga, os mais importantes conselheiros encabeçavam as procissões nas festas, sendo a procissão uma forma de dança.

Na mitologia grega Rea, esposa de Cronos, ensina os filhos da terra a dançar.

Orfeu ordenava que todo aquele que entrasse na sabedoria dos Mistérios deveria ser recebido com a dança.

Sócrates estimava que a dança era uma necessidade essencial e Platão dizia que o homem que não sabia dançar não era educado.

A dança na Grécia estava associada, desde os tempos mais remotos, com os deuses, tais como: Helios, Dionisos, Pan, Ártemis... todos dançavam.




No Egito dos faraós executavam-se danças solares ao redor dos templos.

Na Índia é o próprio Shiva quem cria o universo por meio da dança. É Ele quem obriga a matéria a se pôr em movimento; quem cria e destrói o universo. Sua dança simboliza a atividade divina como a fonte de energia que põem em movimento o universo.




No Antigo Testamento existem vários termos que se referem à dança e que sugerem desde o dançar em círculo (como o fez, o rei David ante Jeová) até “torcer-se de dor durante o parto”, aludindo ao movimento criador da vida.

Nos Atos de São João (texto gnóstico apócrifo escrito ao redor do século 3º ), Cristo ensina seus discípulos a orar através da dança circular, terminando o hino com suas próprias palavras: “quem não dança não conhece os caminhos da vida”.

No México antigo a dança era associada à palavra macehualiztli, que alude a um “merecimento” através da penitência, e era considerada de caráter mágico porque permitia obter o merecimento dos deuses através do enlace das quatro direções do universo.



Fonte: http://www.gnosisonline.org/A_Arte_Superior/danca_cerimonial.php

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