quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A dança como uma forma de iniciação


Sabemos que a dança está presente em muitos rituais, pois através do significado dos movimentos, ela gera energias realmente mágicas.


A dança iniciática existe a mais de 7000 anos, e a que segue a linha egípcia,é uma preparação para as mulheres que desejam ser Sacerdotisas da Deusa, porque desperta nelas a própria Deusa Interior.


O fundamento deste aprendizado é ver em nosso corpo quatro partes diferentes, sendo que cada uma dessas parte se corresponde a movimentos específicos da dança.


Terra: dos pés até os quadris.


Água: dos quadris até os ombros.


Ar: dos ombros ao Chakra Coronário.


Fogo : ao redor de todo o corpo, e representa a energia criadora.


Em toda a dança, os movimentos foram concebidos para manter em equilíbrio perfeito as energias de quem a pratica, livrando a mulher de doenças, alterações em seu humor, e outros benefícios menos perceptíveis.
Isto leva ao despertar da Kundalini (energia criadora), fazendo com que a mulher se sinta interagindo com o Cosmos em perfeita harmonia.


Na 1° etapa o aprendizado será sobre dançar com o véu ( o espírito), que representa o corpo espiritual da bailarina, sendo que a cor do mesmo traduz seu estado emocional, e o desempenho com ele, mostra a visão que ela tem de seu corpo e a sensação do corpo físico lhe inspira.
Na cultura árabe o véu também simboliza os ventos do deserto.
Esta fase culmina com o batismo, quando a dançarina receberá um Nome, numa maravilhosa cerimonia com os quatro elementos presentes.
Depois disto ela poderá se apresentar em público, pois já possui o conhecimento suficiente para se preservar, protegendo dessa forma a sua energia, que está exposta.
As etapas seguintes são:


1° ) Snuj - Bênção
A dançarina, igual que as sacerdotisas antigas, abençoa e purifica o ambiente onde estiver, tocando uma melodia, o que também pode ser conseguido com o pandeiro.


2°) Bastão ou Cajado - Caminho
Como uma Sacerdotisa Espiritual, ela direciona e mostra os Caminhos.


3°) Punhal - Transcendência
Nesta etapa a mulher-dançarina transcende a própria matéria, sacrificando os apegos mundanos.


4°) Espada - Justiça
Propicia discernimento através da Justiça da Pura; nesta etapa a dançarina deverá manter uma postura mental especial, porque o poder místico atribuído à espada, poderia "cortar" determinadas situações.
Daqui para diante a dançarina já pode ensinar o que aprendeu.


5°) Taça - Sabedoria
Aqui ela exterioriza sua Deusa Interior, e faz de seu corpo um veículo sagrado e ofertado.


6°) Castiçal - Luz
Ao chegar aqui, ela se transforma numa ponte entre os mundos material e espiritual.


7°) Sete Véus
Este número encerra um mistério muito grande, pois sete são as cores do arco-íris, os chakras, as notas musicais, os planetas principais...
Para que a dançarina-sacerdotiza esteja apta a fazer esta dança terá de ter as sete virtudes: Amor, Disciplina, Compaixão, Tolerância, Humildade, Compromisso, e Nobreza.


A Dança Iniciática, faz com que a bailarina conheça o seu corpo e sua relação com o calendário Lunar, coincidindo cada ciclo da Lua, com as características de uma Deusa.


Além disso, desperta o sagrado nela, motivo pelo que se diz: "o corpo da bailarina se divide em três partes diferentes, mulher, espirito e serpente, não podendo ser tocado enquanto ela dança".


Fonte: http://www.magiabruxa.info/2008/05/dana-do-ventre.html

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